Após uma semana sem
negociação, com muitas informações distorcidas, principalmente por parte de
alguns meios de comunicação da cidade de Santa Cruz do Capibaribe, Agreste
Setentrional de Pernambuco, os guias dos estados Maranhão, Piauí e Pará, seguem
em campanha que atinge diretamente o Polo das Confecções e gravaram vários
vídeos com dezenas de compradores que deixaram de vim ao Moda Center Santa Cruz,
ao Parque das Feiras de Toritama e a Feira de Caruaru.
O fato que é, os
guias de Turismo Comercial que integram a AGTURCO – Associação dos Guias de
Turismo Comercial do Norte e Nordeste – denunciam uma suposta perseguição
semelhante a que ocorreu em 2016, por parte da Secretaria da Fazenda do Estado
de Pernambuco (SEFAZ-PE), que segundo eles, estão todas as semanas saindo do
Posto Fiscal em Orobó para fazer fiscalização em Salgueiro, rota dos ônibus e carretas
que saem do Polo das Confecções.
“Há prova nítida que estão nos perseguindo, é que esses fiscais saem de Orobó para Salgueiro justamente nos dias que deixamos o Moda Center para retornarmos aos nossos estados, então, nos fiscalizam, se recusam a aceitar muitas notas emitidas no Moda Center e ainda aplicam multas com preços exagerados, muitas vezes colocando a mercadoria mais caras do que foi adquirida no Moda Center”, desabafou um dos guias do Pará em um grupo de WhatsApp ao discutir com o ex-sindico do Moda Center, Valmir Ribeiro.
Quem
está distorcendo os fatos? – Outro fato que piorou e
muito a relação dos guias comerciais e os confeccionistas de Santa Cruz do
Capibaribe, foi algumas pessoas e meios de comunicação da cidade que têm vínculos
financeiros com o Moda Center, que tentaram distorcer o propósito da greve
idealizada pelos guias comerciais, colocando que o movimento era oportunista
com o intuito de ‘boicota’ o centro atacadista de confecções santa-cruzense
para favorecer o Mucuripe Moda Center em Fortaleza no Ceará, do qual, a
presidente da AGTURCO também faz parte da administração.
“Algumas pessoas aproveitaram disso para tentar distorcer nossa causa. Ao invés de buscarem saídas junto a nossa categoria, preferiram distorcer os fatos para tentar colocar parte da população contra nossa reivindicação, isso sim foi puro oportunismo, pois o fato de irmos ou não à Santa Cruz, não atrapalha e nem favorece Fortaleza, pois todas as semana passamos por Fortaleza e em seguida vamos ao Moda Center Santa Cruz, o que mudou agora, é que, de Fortaleza estamos voltando para não correr o risco de termos nossas mercadorias apreendidas em Pernambuco. Nossa campanha nunca foi contra o Moda Center, mas sim, contra a perseguição do estado com as pessoas que compram lá”, desabafou Shill Souza – presidente da AGTURCO.
Em meio a tantas
informações distorcidas, o clima entre clientes com pessoas da Capital da Moda acirrou
e houve muitas palavras pesadas trocadas pelas redes sociais, uma das que mais chamou
atenção, foi do santa-cruzense Jorge Aragão que chegou a afirmar que a
presidente da Associação não seria mais bem vinda na cidade, porém, voltou
atrás depois de ter sido adicionado a um grupo de WhatsApp com pessoas do
movimento e acabou compreendendo a luta da categoria, chegando a pedir
desculpas e sugerir algumas mudanças na campanha.
Na oportunidade,
Jorge esclarece que se deixou levar com algumas informações distorcidas a
respeito da relação de Shill com o Mucuripe Moda Center, mas que agora
compreendia as reivindicações dos guias e clientes desses estados destacando inclusive
a importância deles para o centro atacadista de confecções.
Para alguns
integrantes do movimento grevista, a informação distorcida foi uma articulação
do Moda Center para tentar omitir dos confeccionista o verdadeiro problema,
mesmo que isso venha a custar a quebra de relações entre os guias comerciais e
empreendimento.
Vale relembrar
que, em 2016, Shill Souza foi uma das pessoas que também enfrentou as
fiscalizações da SEFAZ de Pernambuco, culminando na época em uma série de
reuniões que resultaram em benefícios fiscais para o Polo de Confecções do
Agreste.
Assim como dessa
vez, o Blog Agreste Notícia foi o primeiro a trazer o problema à tona, levando
ao conhecimento da Região o que de fato acontecia nos bastidores e os prejuízos
que isso poderia causa a cidade que perdia vários clientes devido ao não
planejamento na questão fiscal.
Na época, a
diretoria do Moda Center rateava uma verba com os principais veículos de
comunicação da cidade, como ajuda de custos para a divulgação de pautas do
próprio Moda Center, cerca de R$ 200,00 (duzentos reais) para cada Blog, entretanto,
após algumas discussões, devido a diretoria entender na época que o Blog não
deveria ter divulgado o problema e em retaliação, cortou o Agreste Notícia que
mesmo assim, continua de forma voluntária, desde então, a divulgar as pautas
enviadas por sua assessoria.
Com tudo fica as
perguntas: A quem interessa omitir ou distorcer o problema? Qual será o prejuízo
que isso possa causar a cidade, caso esse impasse não é resolvido? Com exceção
da deputada Alessandra Vieira, porque nenhuma outra autoridade ou
representantes do Moda Center não estão buscando conversar com a categoria? Porque
esse tipo de fiscalização estão acontecendo apenas em dias de Feira e com
direcionamento aos clientes do Moda Center Santa Cruz?
A feira dessa
semana, no Moda Center Santa Cruz não sentiu maior efeito do problema devido à
alta temporada onde houve um acréscimo considerável no número de excursões vindas
de diversos estados do Brasil, entretanto, dos estados do Maranhão, Piauí e
Pará, foram muito poucos, ou praticamente nenhum, já que em passagem ontem
(domingo) pelo estacionamento do parque foi possível observar as placas dos ônibus
que na grande maioria era dos estados da Bahia, Minas Gerais, Espirito Santo e
outros estados. Fica a preocupação de como serão as feiras ao termino da alta
temporada, caso tal problema não seja sanado, sabendo que muitas dessas
excursões que evitam agora vim a Santa Cruz passavam o ano todo frequentando a
cidade e comprando nossas mercadorias.
Do: Blog Agreste Notícia
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