Elas vencem obstáculos,
quebram tabus e conquistam espaço em profissões antes ocupadas somente por
homens. Na semana em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, uma data
comemorativa que marca a história de luta contra o preconceito, descriminação e
de grandes conquistas, profissões anteriormente divididas de acordo com o
gênero, hoje registram uma parcela significativa da presença feminina, como
ocorre nas áreas da engenharia, direito, mecânica, segurança entre outras.
No campo da saúde, na Medicina animal e
zootecnia não é diferente! Dados do Conselho Federal de Medicina Veterinária
(CFMV) reafirmam esse contexto. Seu último levantamento realizado em 2017
mostra que atualmente no Brasil existem 118 mil médicos-veterinários em
atividade, dos quais 58,4 mil, ou 49%, são mulheres. Até os anos 1980, elas
representavam somente 20% da categoria no país. Os dados apontam ainda que em
alguns estados, as mulheres já são maioria. Como ocorre no Rio de Janeiro que
lidera o ranking com o maior número de mulheres médicas-veterinárias. São 5.830
profissionais, quantidade representada em 60% de todos os profissionais da
cidade maravilhosa.
Entretanto, não é preciso ir muito longe para
encontrar exemplos que ilustrem essa realidade de forma positiva. Em
Pernambuco, são 3021 veterinários registrados no sistema de cadastros do CFMV,
sendo que 1632 são homens (54%) e 1387 mulheres (46%). Se comparado ao estado
da Paraíba, por exemplo, a quantidade de veterinárias em Pernambuco é 9% maior
(1013 mulheres a mais).
Em Caruaru, na região agreste do estado podem
ser encontrados exemplos que refletem tais números. Como é o caso do Centro
Veterinário Jerônimo Ribeiro (CVJR). De acordo com seu Diretor Clínico Jerônimo
Ribeiro, dos 9 veterinários clínica, 05 são mulheres. Elas ainda representam 50%
do total de 22 colaboradores.
Há 4 anos na medicina animal, a
médica-veterinária Márcia Penaforte é especialista em clínica geral e
nefrologia. Na opinião da profissional, a presença das mulheres no disputado
mercado de trabalho é de grande importância assim como a quebra de certos
Tabus.
“Acompanho o crescimento das mulheres na área que tempos atrás era dominada por homens. Com o passar dos anos, fomos nos inserindo e hoje há uma porcentagem significativa de mulheres na profissão, que não exige força ao contrário do que se pensava, mas conhecimento e educação. Que as mulheres vieram para somar tudo isso”, afirma.
Para a veterinária do CVJR, cuidar de animais
propicia grandes benefícios que transbordam a realização profissional.
“Sempre quis ser veterinária e encontrei no meu trabalho a oportunidade de poder auxiliar os animais na recuperação de suas enfermidades. Realizo-me ao vê-los bem e felizes com seus tutores após sua recuperação.”
Informações publicadas no Conselho Federal de
Medicina Veterinária também apresentam características importantes das mulheres
profissionais que introduzem novas preocupações e desafios para a profissão,
mudando, muitas vezes, perspectivas já estabelecidas nas relações de trabalho,
inclusive no meio rural. Vários estudos revelam que as mulheres veterinárias e
zootecnistas, de forma geral, apresentam atitudes mais positivas ou de cuidado
em relação ao bem-estar animal e aos direitos dos animais.
Do: Blog Agreste Notícia
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