A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco
foi notificada na última quarta-feira (24) de um paciente suspeito de ter sido
infectado com o vírus da febre amarela no Agreste.
O homem, de 45 anos, é morador de Bezerros, no
Agreste, e passou o período de festas de final de ano em Mairiporã, em São
Paulo, área com ocorrência da doença. Ao voltar para Bezerros, em 4 de janeiro,
começou a apresentar febre, vômito e dores abdominais.
O paciente, que não é vacinado para febre
amarela, ainda apresentou alterações hepáticas, no entanto sem alteração renal
ou hemorragia.
Ele foi atendido na manhã da quinta-feira (25)
no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), no Recife, referência estadual
em infectologia. Na unidade, foi avaliado pela equipe médica, que coletou
material laboratorial. O caso será investigado tanto para febre amarela quanto
para outras doenças que provocam esses sintomas, como hepatites, dengue e
leptospirose.
O paciente, que já apresenta quadro estável e
em curva de melhora, recebeu alta no mesmo dia.
A SES informa ainda que a filha do paciente,
de 5 anos, também apresentou febre, vômitos e dores abdominais por cerca de 5
dias, no mesmo período em que começou os sintomas em seu pai. A criança já está
com o quadro estável.
Por também ter apresentado sintomas suspeitos
e não ser vacinada, a menina também foi notificada como paciente suspeito. As
amostras de ambos serão enviadas para um laboratório de referência nacional.
A equipe técnica da SES está em Bezerros nesta
quinta (25) fazendo a investigação dos casos e para apoiar as ações de
vigilância do município.
É importante ressaltar que Pernambuco não é
área de circulação do vírus da febre amarela. Todos os casos notificados foram
de pacientes que passaram por áreas do país onde há o vírus e a ocorrência da
doença.
Histórico – Neste ano, em Pernambuco, somam-se 4 notificações de
pacientes suspeitos para febre amarela. Além das 2 ocorrências citadas em
Bezerros, outras 2 já foram descartadas para a doença.
Desde fevereiro de 2017, a SES monitora, com
apoio de autoridades ambientais, universidades e centros de pesquisas do
Estado, mortes ou adoecimento de primatas não-humanos. O objetivo dessa
atividade é detectar precocemente a circulação do vírus, ainda no ciclo
enzoótico (entre vetores e primatas não humanos); desencadear, oportunamente,
medidas de prevenção e de controle da febre amarela; evitar casos humanos e
surtos de febre amarela. Desde o ano passado, foram notificadas 37 ocorrências
de mortes ou adoecimento de macacos, envolvendo 71 animais, em 26 municípios
pernambucanos. Até o momento, nenhum resultado laboratorial foi positivo para a
febre amarela.
A SES ressalta, ainda, que o risco de
transmissão da febre amarela no Estado é considerado muito baixo, uma vez que
não há, até o momento, o registro da circulação dos mosquitos transmissores da
doença (Haemagogus e Sabethes) nas áreas urbanas do território estadual.
Por não haver risco de transmissão, o
Ministério da Saúde considera Pernambuco como Área Sem Recomendação de Vacina
(ASRV). Sendo assim, não há a necessidade de vacinação para seus residentes. A
vacina só é indicada para aqueles que viajarão, por motivo de férias ou
trabalho, para as Áreas Com Recomendação de Vacina (ACRV) devido ao risco de
transmissão.
Do: Blog Agreste Notícia
Nenhum comentário:
Postar um comentário