A Gerência de
Comunicação (GERCOM) da Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe enviou, a nossa
redação, um relatório assinado pela diretora do Hospital Municipal Raymundo
Francelino Aragão, Angélica Bezerra Costa. O relatório é o posicionamento da unidade
frente ao suposto caso de negligência médica denunciado por uma cuidadora de
idosos, que teve o conteúdo publicado neste blog (clique AQUI e relembre).
De acordo com a
cuidadora, Maria de Fátima Sales da Silva, a morte do idoso Rui Glicério Aragão
(85 anos) teria acontecido na madrugada da última quinta-feira (04) e, segundo
a mesma, houve negligência médica e falta de humanização no atendimento
prestado.
O idoso teria dado
entrada na unidade, segundo ela, com quadro de pneumonia e diabetes e, entre os
supostos problemas, Maria de Fátima cita ‘falta de oxigênio, a não solicitação
de uma transferência para outra unidade com mais recursos, além do não
funcionamento do desfibrilador, durante tentativas de reanimação’.
Depois de
confirmado o óbito, ela afirma ainda que uma das enfermeiras teria dito a
seguinte frase para o porteiro em frente a uma das filhas do idoso: “Olhe, tem
um pacote aqui para você enrolar. Venha aqui que tem um pacote”.
No relatório, nada
é mencionado quanto à abertura de uma sindicância para que o caso possa ser
investigado.
Relatório rebate
parte das afirmações de cuidadora - Segundo um dos
trechos do documento, várias pessoas relacionadas ao idoso teriam entrado e
saído da enfermaria ao longo do dia e não souberam informar às medicações que
eram tomadas pelo idoso.
Ainda de acordo com o documento, uma das técnicas
de enfermagem teria solicitado para que a acompanhante “anotasse as medicações que ele tomava para
que eles não se esquecessem. À noite, o paciente passou mal, ficou cansado e
desorientado e, então a equipe médica soube que os acompanhantes não tinham
dado as medicações ao paciente, que inclusive eram controladas”.
Outras
informações que constam no relatório tratam dos momentos antes ao óbito do
idoso. Em outro dos trechos do documento, é dito que, durante a madrugada, o
paciente teria passado mal por mais uma vez e que, ao ser avaliado por uma
enfermeira e, em seguida, pelo médico plantonista, teria sido diagnosticado que
o idoso estava entrando em estado de óbito.
As partes
que não foram confrontadas estão relacionadas a não solicitação, por parte do
médico, quanto a um possível pedido de transferência para outra unidade com
mais recursos, assim como as declarações feitas, segundo a cuidadora, em frente
filha do idoso após a confirmação do óbito.
Falha no
desfibrilador, apontada por cuidadora, é contestada
- Na parte final do documento, é relatado que o
aparelho desfibrilador foi solicitado, sendo usado “apenas para se confirmar o óbito, pois assim como informou o médico, o
paciente já se encontrada sem vida” e que “não havia indicação da utilização do
desfibrilador neste paciente, pois o mesmo não tinha mais batimentos ou
contrações cardíacas”, o que configura no óbito.
Ainda de acordo com a GERCOM, novas informações
podem ser repassadas posteriormente.
Do: Blog Agreste Notícia
Fonte: Blog do Ney Lima
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