Começar algo vai bem além de uma simples decisão. Alterar
a rotina requer disciplina e quando se tem uma doença como a diabetes, seja
qual tipo for, a urgência da mudança de hábitos se torna latente. Há muitas
discussões sobre a importância de se alimentar adequadamente e praticar
exercícios físicos com regularidade, porém outras ações simples também são
necessárias como, por exemplo, observar os próprios pés, pois eles dão os
primeiros sinais de que algo está errado. Fazendo esse exercício de observação
é possível evitar problemas sérios para os diabéticos.
Quando a doença se agrava pode acontecer amputações dos
membros e muitos diabéticos só percebem a gravidade dos sintomas após um
estágio avançado.
“Uma das principais causas de amputamento das pernas é a doença conhecida como pé de diabético. São feridas que podem virar úlceras ocasionando dor, vermelhidão e não têm chance de cura”, explica o chefe do grupo Pé Diabético de Ortopedia da Unifesp, Fábio Batista.
As úlceras nos pés, além de um problema sério para o
paciente, envolvem alto custo e registram altos índices de mortalidade. No
mundo já são mais de 600 milhões de pessoas que têm a doença, sendo 13 milhões
no Brasil. Pensando nisso, e em como a profilaxia pode melhorar a vida de
milhares de diabéticos, Luzia Costa, especialista em cuidados das mãos e pés, e
criadora da rede Beryllos, cita cinco hábitos para melhorar a vida do
diabético:
1. Atenção às unhas dos pés
O brasileiro tem o hábito de ir à manicure uma vez por
semana. Este costume não é restrito apenas às mulheres, apesar delas serem o
maior número nos salões. De acordo com o Ministério da Saúde, nesses 10 anos, o
grupo mais atingido pela diabetes é o das mulheres. O índice saltou de 6,3%
para 9,9%. E o perigo maior é que muitas delas continuam a cuidar dos pés com
profissionais que não são especializados em pés de diabéticos. Não se pode
retirar a cutícula das unhas e devem ser feitas apenas uma vez por mês com um
aparelho adequado. Na Beryllos temos um micromotor exclusivo adaptado com uma
broca desbastadora de cutícula que inibe um efeito invasivo nas unhas, por
exemplo.
2. Se não conseguir inspecionar os pés diariamente: peça
para alguém ajudar
O número de pessoas que moram sozinhas saltou de uns anos
para cá. De acordo com o IBGE, brasileiros com mais de 60 anos e que não têm
companhia, já são 15,7%. A diabetes não é restrita a apenas indivíduos com essa
faixa etária, porém com o avanço da idade pode ser mais comum. Logo, não tenha
vergonha de pedir a ajuda de vizinhos e colegas caso não consiga olhar os seus
pés todos os dias. Este membro é o mais afetado pela doença e observar sinais
como formigamento, rachadura no calcanhar e micose pode ser a “salvação” de um
amputamento. Cuide dos seus pés!
3. Atenção aos sapatos utilizados
Use calçados sempre confortáveis e com meias, isso evita
calos e feridas. Outra medida é, se caso o indivíduo opte por salto alto
atenta-se a manter o limite de 3 centímetros. Há lojas especializadas em calçados
confortáveis. Lembre-se: vale a pena custear em um produto mais alto, mas que
acarretará em benefícios no dia a dia.
4. Use sabonetes de glicerina
Sim, você pode evitar que a sua pele crie casquinhas e
feridas adotando o hábito simples de fazer sua higiene com sabonetes à base de
glicerina. Isso porque esse composto é ideal para peles sensíveis devido a sua
composição química, por possuir poucas toxinas e não causar nenhuma reação
alérgica, além de manter a pele mais hidratada.
5. Evite o uso de secadores
Para as mulheres essa dica pode ser difícil de seguir,
porém se você gosta do seu cabelo liso pode optar por uma progressiva no salão
de cabeleireiro desde que inspecione os produtos que serão usados para o
procedimento, e que não tenham contraindicação para diabéticos e circulação do
sangue. O secador pode ocasionar feridas caso esteja muito quente, e isso pode
acontecer sem que a pessoa perceba por ser um hábito diário que muitas vezes
fazemos sem cuidado.
Do: Blog Agreste Notícia
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