A
suspeita da COMPESA de ocorrências de desvio de água da Adutora do Prata
motivou a realização da Operação Igarapé, deflagrada pela Polícia Civil, nesta
sexta-feira (05), identificando diversos pontos de furtos de água ao longo
da BR-104, na zona rural entre os municípios de Caruaru e Agrestina.
Foram
localizadas ligações clandestinas que transportavam água para grandes barreiros
utilizados exclusivamente para o abastecimento e comercialização de carros-pipas
para a população. Só no mês de abril, os furtos na Adutora do Prata
representaram uma perda de 8% da água fornecida para 500 mil pessoas em
Caruaru, Agrestina, Santa Cruz do Capibaribe, Ibirajuba, Altinho e
Cachoeirinha. Esse volume seria suficiente para atender a população de Santa
Cruz do Capibaribe (100 mil pessoas), durante dez dias.
A COMPESA passou a suspeitar da ocorrência de
furtos na Adutora do Prata ao registrar, no período das 22h às 6h, uma redução
da vazão que chegava a 100 litros de água por segundo, o equivalente a 25% do
volume total do sistema que atende as seis cidades situadas no Agreste, região
que enfrenta o sétimo ano consecutivo da seca.
“O desvio de água estava influenciando diretamente o descumprimento do calendário dos setores atendidos pelo Sistema Prata, pois em algumas localidades a água chegava com baixa pressão e em outras nem chegava”, informou o gerente de Unidade de Negócios da COMPESA, Mário Heitor Filho.
Por
este motivo, a companhia solicitou o apoio do Ministério Público de Pernambuco
que por sua vez acionou a Polícia Civil para investigar a ocorrência de furtos
de água na Adutora do Prata. As investigações da Operação Igarapé ganharam
desfecho com o cumprimento de três mandados de prisão temporária e 18 de busca e
apreensão domiciliar. A ação envolveu 18 equipes da Polícia Civil, com a
participação 110 policiais, quatro equipes do Instituto de Criminalística, além
de 45 profissionais da COMPESA.
Além
dos prejuízos para o abastecimento da população, os furtos provocaram uma perda
no faturamento da companhia estimado entre R$ 300 mil a R$ 500 mil, no período
de 30 dias. Até a próxima semana, a COMPESA irá calcular os valores das multas
correspondentes ao volume estimado de água furtado, considerando o tempo que as
ligações foram feitas e os diâmetros das tubulações das ligações clandestinas.
Do: Blog Agreste Notícia
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