Um grupo de aproximadamente 20 pessoas ocuparam a frente
a Câmara Municipal de Vereadores da cidade de Santa Cruz do Capibaribe com
faixas e cartazes com frases de protesto contra o aumento de 23% nos salários
do vereadores da Capital da Moda.
O Projeto de Lei
de iniciativa da mesa diretora da Casa José Vieira de Araújo foi aprovado no
último dia 30 de setembro, dois dias antes da eleição, com isso, aumentando o
subsídio dos parlamentares de R$ 8 mil para R$ 9.800,00 (nove mil e oitocentos
reais).
Revoltado, o grupo
considera o aumento abusivo e inapropriado para o momento, que segundo um dos
organizadores, é de crise econômica.
“Não concordamos com o que aconteceu e da forma que aconteceu essa votação, em uma plenária fechada na Câmara de Vereadores, todos ficamos surpresos em meio ao ‘vuco-vuco’ que conhecemos muito bem na nossa política local aonde a cidade se divide como se fosse um Flamengo e Fluminense ou um Corinthians e Palmeiras, cada um tendo sua ala, e em meio a esse ‘vuco-vuco’ foi criada essa sessão que aprovou esse aumento... Algumas pessoas como Eu, foram pegas de surpresa e se sentem traídas por essa casa que leva o nome de ‘Casa do Povo’ e devido tudo isso, se reunimos através das redes sociais para buscar uma forma de mostrar a nossa insatisfação”, disse Fernando Barbosa.
Ouça a entrevista:
O aumento passa a
vigorar a partir de 1º de janeiro de 2017, algo que os manifestantes já
contestam alegando que, haverá um acréscimo de mais de R$ 6,5 milhões de
despesas com os salários dos 17 vereadores no próximo quadriênio, que poderia,
segundo eles, ser economizado e devolvido ao poder executivo do município com a
finalidade de investir em ações de infraestrutura ou em qualquer outro setor da
administração pública.
“Em um momento de crise, a cidade passando por dificuldades, as oportunidades de empregos diminuindo e nossa Câmara, os próprios vereadores aumentando os seus salários”, pontuou Allison Oliveira que foi candidato a vice-prefeito na chapa de Rodolfo Aragão (PSOL).
A reportagem
conversou também com Carlos Lisboa – chefe de gabinete do presidente da Câmara,
vereador Afrânio Marques (PDT), – que explicou todo o processo do Projeto de
Lei e afirmou que o Pedetista foi contrário ao aumento do subsídio dos
parlamentares, entretanto, foi voto vencido.
“Precisamente no dia 09 de julho, subiu ao plenário da casa, de iniciativa da mesa diretora, o Projeto de Lei congelando os subsídios dos vereadores, o autor intelectual e idealizador desse Projeto de Lei, foi o vereador e presidente da câmara Prof. Afrânio Marques, em razão simples de que, o país vive uma crise econômica sem precedentes e uma crise política também sem precedentes”, explicou.
Ainda de acordo
com Carlos, quando a PL foi encampada, no dia 24 de Agosto, após o recesso,
retornou a discursão de pauta da casa legislativa municipal, sendo no dia 25
encaminhado para a Comissão de Legislação e Justiça da Câmara que tinha o prazo
até o dia 28 de setembro para verificar se o projeto era constitucional e
devolver o Projeto de Lei para a mesa diretora. Depois de todo o processo, o
projeto seguiu para votação, mas, segundo Lisboa, a mesa diretora da casa de
leis, através do 1º e 2º secretário, com o voto contrário do presidente,
aumentou o salário dos vereadores.
“Esse projeto foi para votação e mais uma vez, o vereador e presidente Prof. Afrânio, votou contra o aumento desse subsídio, que seria uma questão de princípio, de visão política, não haveria, como não há momento para aumentar subsídios de vereadores, de prefeito ou de secretários, quer seja, de município de Santa Cruz ou em qualquer outro do país”, enfatizou.
Ouça a entrevista:
Do: Blog Agreste Notícia
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